De acordo com Ayatollah Motahari, compreender a importância do movimento do Imam Hussein (AS) requer mergulhar nos princípios cruciais que sustentam suas ações. O sacrifício final do Imam Hussein (AS) foi baseado em seu compromisso de impor o bem e proibir o mal - preceitos fundamentais que salvaguardam a sobrevivência da comunidade islâmica.
Vários versículos corânicos enfatizam a importância desses princípios, citando exemplos históricos de sociedades que se deterioraram devido à falha em reformar e guiar.
Várias condições sustentam aqueles que defendem a causa do bem e da justiça. Em primeiro lugar, o defensor deve personificar a retidão. “Aqueles que se arrependerem, aqueles que adorarem a Allah e O louvarem, aqueles que viajarem, aqueles que se curvarem, aqueles que se prosternarem, aqueles que ordenarem a retidão e proibirem o mal” (Surata At-Tawbah, verso 112).
Pode alguém que não está reformado se tornar um agente de reforma? Apenas aqueles que empreenderam a reforma no nível individual podem realmente guiar os outros. Como disse o Imam Ali (AS): “Aquele que se nomeou Imam (governante) do povo deve começar ensinando a si mesmo antes de ensinar os outros. Seu ensino aos outros deve ser primeiramente pelo exemplo em vez de com suas palavras, pois aquele que começa ensinando e educando a si mesmo é mais digno de respeito do que aquele que ensina e educa os outros”.
Líderes manchados por suas deficiências estão fadados a tropeçar. De acordo com o Imam Ali (AS): “Allah amaldiçoa aqueles que impõem o bem, mas o abandonam na prática, e aqueles que proíbem o erro, mas o cometem”.
A segunda condição é possuir discernimento e consciência. Deve-se distinguir entre o bem e o mal e saber como realizar essa ação.
O estudioso então se refere às narrações de Ahl al-Bayt (AS) que disseram que uma pessoa ignorante deve se abster de impor o bem e proibir o mal, pois a ação de tal pessoa resultará em mais danos, não reforma.
Estágios de impor o bem e proibir o mal Ayatollah Motahari então se refere aos três estágios de implementar esse princípio:
A) Afastar-se, desde que resulte em mudança positiva.
B) Orientação através de palavras: oferecer conselhos é crucial, pois atos errados são muitas vezes resultado de ignorância e desinformação e, como tal, precisam de um guia para aumentar a conscientização.
C) Etapa de ação: as ações variam na abordagem. O Imam Ali (AS) descreve o Profeta (s.a.a.s) como um médico. Proibir o erro é como essa profissão, pois envolve acalmar e intervenção cirúrgica. A primeira ação do Profeta (s.a.a.s) foi bondade e, se não trouxesse resultados, ele se envolveria na cirurgia.
À medida que impor o bem e proibir o mal elevou o valor do movimento do Imam Hussein (AS), este último também elevou a importância desse princípio no mundo islâmico. Ele exemplificou como alguém pode dar a vida, riqueza e entes queridos para defender a retidão. Essa abordagem baseia-se na ausência de corrupção, não na presença de ganho pessoal, e isso é muito claro em suas observações.
O movimento, inicialmente incorporado pelo Imam Hussein, tornou-se uma responsabilidade coletiva para seus sucessores, o honrado Ahl al-Bayt (AS), diz Motahari, acrescentando que seu objetivo refletia a visão do Imam Hussein de impor o bem e proibir o mal.
Compreender a natureza da insurreição requer considerar seus fatores de influência; o principal deles é a dedicação à promoção do bem e à prevenção do erro, e o renascimento da seerah do Profeta. Houve também outros fatores, mas eles não foram muito significativos, como o convite do povo de Kufa, observa Motahari.
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