Prefeito de Arnhem pede proibição nacional da profanação do Alcorão
IQNA – O prefeito de Arnhem, Ahmed Marcouch, instou os políticos nacionais a proibir a profanação do Alcorão, chamando-os de “atos venenosos que provocam outros”.
Ele fez a declaração na quarta-feira durante um debate no conselho municipal, após um evento fracassado de profanação do Alcorão pelo grupo anti-islâmico Pegida em Arnhem, em 13 de janeiro.
O líder do Pegida, Edwin Wagensveld, tentou queimar um Alcorão em Arnhem, mas encontrou resistência de contramanifestantes, principalmente muçulmanos. O confronto resultou em vários feridos e prisões.
Marcouch disse estar preocupado com a “polarização tóxica” causada por tais ações e apelou por mais respeito pelas diferentes opiniões e crenças, informou o NL Times na quinta-feira.
Ele também disse que a queima de livros sagrados poderia pôr em perigo a segurança nacional, pois poderia desencadear fortes reações do exterior. Ele disse que esteve em contato com o Ministério das Relações Exteriores antes e depois do incidente em Arnhem.
“Gostaria que a lei nos permitisse nunca mais ver este homem Pegida como um queimador do Alcorão em Arnhem”, disse ele.
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O debate no conselho municipal foi iniciado pela facção local de Denk, que questionou por que Marcouch não proibiu a queima do Alcorão de antemão e se ele a considerou um fracasso.
Marcouch disse que não impediria que Pegida e outros organizassem protestos semelhantes no futuro, desde que a lei não mudasse.
Enquanto isso, a Pegida anunciou na quarta-feira que planeja organizar outra queima do Alcorão em Arnhem no final de março. A Câmara Municipal condenou a profanação e queima de livros e objetos religiosos e disse que se tratava de um ataque à coesão social.
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Wagensveld tem um histórico de incidentes com queima do Alcorão nos últimos dois anos. Ele queimou ou rasgou o Alcorão em frente ao prédio temporário do parlamento holandês em Haia e em uma manifestação individual em Utrecht em 2022 e 2023. Ele também foi preso em Roterdã e Haia por tentar queimar o Alcorão sem cumprir as regras da manifestação . Em ambos os casos, grupos muçulmanos realizaram contra-protestos para se oporem às acções de Pegida. No ano passado, Wagensveld também rasgou o Alcorão em frente à Embaixada da Turquia em Haia.
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