Gaza: dezenas de requerentes de ajuda mortos em outra agressão israelense
IQNA – Dezenas de palestinianos foram mortos nos últimos ataques israelitas contra pessoas que esperavam por ajuda humanitária na sitiada Faixa de Gaza.
O Ministério da Saúde de Gaza disse na sexta-feira que Israel matou 21 pessoas, que esperavam para receber a ajuda desesperadamente necessária na rotatória do Kuwait, a sudeste da cidade de Gaza, e feriu mais de 150 outras pessoas na quinta-feira.
O Centro de Informação dos Palestinianos, no entanto, citou o Monitor Euro-Mediterrânico dos Direitos Humanos, com sede em Genebra, dizendo que mais de 60 pessoas foram mortas e outras 160 ficaram feridas no ataque.
Citando relatos iniciais, o grupo disse que as vítimas ocorreram quando as forças militares israelenses abriram fogo contra os civis a partir de tanques e helicópteros e atropelaram vários deles.
Observando que o número de palestinos que perderam a vida enquanto esperavam por ajuda ultrapassou 500 pessoas, o grupo culpou os Estados Unidos e a comunidade internacional pelos massacres em curso em Gaza.
O último massacre ocorreu horas depois de oito pessoas terem sido mortas num ataque aéreo israelita a um centro de distribuição de ajuda humanitária no campo de al-Nuseirat, no centro de Gaza, segundo autoridades de saúde.
Os militares israelitas, no entanto, negaram que as suas forças tenham aberto fogo contra os requerentes de ajuda, dizendo que "os relatórios da imprensa de que as forças israelitas atacaram dezenas de habitantes de Gaza num ponto de distribuição de ajuda são erróneos". A declaração não especificou qual ataque.
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Na quarta-feira, seis requerentes de ajuda foram mortos e dezenas de outros ficaram feridos na rotunda do Kuwait.
Também na quarta-feira, Israel atacou um armazém de ajuda humanitária da ONU no sul de Rafah, que também causou um número não especificado de vítimas.
Isto acontece num momento em que grupos de direitos humanos dizem que Israel está a usar a fome como arma de guerra contra os palestinianos.
As Nações Unidas alertaram que pelo menos 576 mil pessoas em Gaza, um quarto da população, estão à beira da fome.
Um porta-voz da Defesa Civil em Gaza instou a ONU e os grupos de direitos humanos a porem fim a tais massacres, sublinhando que a ajuda deve entrar em Gaza por terra para evitar mais vítimas.
Israel desencadeou a sua guerra contra Gaza em 7 de Outubro, depois de o grupo de resistência palestiniano Hamas ter levado a cabo a Operação Tempestade Al-Aqsa contra a entidade usurpadora, em retaliação pelas suas atrocidades intensificadas contra o povo palestiniano.
O regime de Tel Aviv também impôs um “cerco total” ao território, cortando combustível, electricidade, alimentos e água aos mais de dois milhões de palestinianos que ali vivem.
Desde o início da ofensiva, o regime de Tel Aviv matou mais de 31 mil palestinos e feriu mais de 73 mil outros.
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