‘Histórico’: Irlanda, Espanha e Noruega reconhecem o Estado Palestino

IQNA – Irlanda, Espanha e Noruega anunciaram na quarta-feira que tomarão as medidas necessárias para reconhecer oficialmente o Estado Palestiniano, uma vez que a guerra israelita em Gaza aumentou a consciencialização sobre a questão.

A Irlanda reconheceu oficialmente o Estado palestiniano, anunciou o primeiro-ministro Simon Harris numa conferência de imprensa em Dublin na quarta-feira.

 

Harris disse que a decisão foi tomada no mês passado e confirmou que a Irlanda daria este passo ao lado da Espanha.

 

“Hoje, a Irlanda, a Noruega e a Espanha anunciam que reconhecemos o estado da Palestina”, disse ele, acrescentando: “Cada um de nós irá agora tomar quaisquer medidas nacionais que sejam necessárias para dar cumprimento a essa decisão”.

 

Harris disse que “conversou com vários outros líderes e homólogos e estou confiante de que mais países se juntarão a nós para dar este importante passo nas próximas semanas”.

 

“Este é um dia histórico e importante para a Irlanda e para a Palestina”, disse ele, informou a Agência Anadolu.

 

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Entretanto, o primeiro-ministro norueguês, Jonas Gahr Store, também revelou a decisão do seu país de reconhecer o Estado Palestiniano.

 

“O governo norueguês decidiu que a Noruega reconhecerá a Palestina como um Estado”, disse Jonas Gahr Store, segundo um comunicado do governo.

 

“No meio de uma guerra, com dezenas de milhares de mortos e feridos, devemos manter viva a única alternativa que oferece uma solução política tanto para israelitas como para palestinianos: dois Estados, vivendo lado a lado, em paz e segurança”, acrescentou Store. .

 

“O reconhecimento formal da Palestina como um Estado pela Noruega entrará em vigor na terça-feira, 28 de maio de 2024”, afirmou o comunicado.

 

“Não haverá paz no Médio Oriente sem uma solução de dois Estados. Não pode haver uma solução de dois Estados sem um Estado palestiniano. Por outras palavras, um Estado palestiniano é um pré-requisito para alcançar a paz no Médio Oriente”, acrescentou Store.

 

Além disso, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez, anunciou no parlamento na quarta-feira que Madrid reconhecerá formalmente a condição de Estado palestiniano em 28 de maio.

 

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Em seu discurso, Sanchez disse que tem conversado com líderes e estudado a situação na Palestina e entende uma coisa claramente: o primeiro-ministro israelense Benjamin “Netanyahu não tem um projeto de paz para a Palestina”.

 

Sanchez disse que o líder israelense se recusa a ouvir a comunidade internacional enquanto continua a bombardear infraestruturas civis e a bloquear a ajuda desesperadamente necessária.

 

Ao mesmo tempo, acrescentou que o reconhecimento da Palestina “não é o fim, é apenas o começo” e que a Espanha continuará a pressionar a comunidade internacional para que tome medidas.

 

Anunciou também que a Espanha acolherá cerca de 30 crianças de Gaza que sofrem de cancro ou de outros problemas de saúde graves.

 

O regime israelita tem atacado a Faixa de Gaza desde Outubro do ano passado, depois de grupos de resistência palestinianos terem lançado uma operação de retaliação contra as terras ocupadas em resposta a décadas de opressão israelita e de assassinatos contra palestinianos.

 

Os ataques israelitas mataram mais de 35.600 palestinianos, a maioria mulheres e crianças, enquanto milhares estão sob os escombros. O regime também intensificou o cerco à área, bloqueando a ajuda a cerca de 2,3 milhões de residentes de Gaza.

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