FBI processado por uso de lista de observação "ilegal" de ativistas pró-Palestina

IQNA – Um grupo de direitos muçulmanos anunciou uma ação judicial contra o governo federal por colocar dois palestinos-americanos em uma lista de observação secreta por sua posição pró-Gaza.

O Conselho de Relações Americano-Islâmicas (CAIR) e seu escritório na Grande Los Angeles (CAIR-LA) iniciaram a ação judicial.

 

A ação judicial alega que o governo colocou um palestino-americano na Lista de Proibição de Voar e apreendeu o dispositivo eletrônico de outro enquanto o interrogava sobre seu ativismo legal.

 

De acordo com o CAIR, o Dr. Osama Abu Irshaid e o Sr. Mustafa Zeidan, ambos cidadãos americanos de ascendência palestina, foram submetidos a detenção e interrogatório.

 

Irshaid teria sido detido na fronteira várias vezes, durante as quais agentes federais apreenderam seu telefone e o questionaram sobre suas associações e trabalho.

 

“Só uma coisa mudou para o Dr. Abu Irshaid nos últimos meses: sua constante e apaixonada defesa pelo fim do genocídio de Israel em Gaza e pelo fim da cumplicidade dos Estados Unidos nesse genocídio”, diz o processo.

 

Muçulmanos sujeitos a intensa vigilância nos EUA em meio à guerra em Gaza

Zeidan, que também “organiza um protesto semanal para pedir o fim da campanha genocida de Israel em Gaza”, foi impedido de embarcar em um voo para a Jordânia para visitar sua mãe doente sem explicação, de acordo com o processo.

 

O CAIR argumenta que essas ações não são para fins de segurança, mas sim para indivíduos por seu exercício legal de direitos constitucionais.

 

A organização recebeu relatos de americanos em todo o país que enfrentaram tratamento semelhante por seu ativismo em apoio à Palestina.

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