Paludan se recusa a comparecer ao tribunal enquanto vai a julgamento em caso relacionado à profanação do Alcorão
O político sueco-dinamarquês de extrema direita Rasmus Paludan
Ele é acusado de incitação contra um grupo étnico, tornando-o a primeira pessoa a ir a julgamento em relação ao incidente.
De acordo com a reportagem do The Guardian, Paludan, o líder do partido político dinamarquês Stram Kurs (Linha Dura), se recusou a comparecer ao tribunal distrital de Malmö quando os procedimentos começaram na segunda-feira, dizendo que sua vida estaria em perigo se ele fosse para a cidade do sul da Suécia.
Em vez disso, ele apareceu por link de vídeo de um local não revelado na Suécia, acrescentou a reportagem.
Paludan, 42, enfrenta duas acusações de incitação contra um grupo étnico e uma acusação de insulto relacionada a eventos realizados na Suécia em 2022, informou o The Guardian.
Em abril de 2022, ele conduziu uma reunião pública que incitou tumultos em várias cidades suecas, incluindo Malmö, Landskrona, Linköping e Örebro, durante o fim de semana da Páscoa. O promotor diz que as declarações feitas por Paludan nesta reunião constituíram incitação contra um grupo étnico.
Em um incidente separado em setembro de 2022, ele supostamente fez ataques verbais motivados racialmente contra "árabes e africanos", levando à acusação de insulto, que segundo a lei sueca pode resultar em multa ou até seis meses de prisão.
Paludan, no entanto, nega todas as acusações contra ele.
Vilhelm Persson, professor de direito na Universidade de Lund, disse ao The Guardian que o julgamento de Paludan tem "importância fundamental" como o primeiro caso relacionado à profanação do Alcorão.
No entanto, ele disse que ser ouvido em um tribunal distrital limita seu impacto e para que o caso estabeleça um precedente legal, ele precisaria ser abordado pela Suprema Corte sueca.
Suécia acusa extremista dinamarquês por profanações do Alcorão
“Hoje, 14 de outubro, a audiência principal começa no tribunal distrital de Malmö no caso em que um homem de 42 anos foi acusado de duas acusações de incitação contra um grupo étnico e um insulto. Os eventos ocorreram em abril e setembro de 2022 em Malmö”, disse o gabinete do promotor na segunda-feira.
“Minha avaliação é que há razões suficientes para apresentar acusações e agora o tribunal distrital ouvirá o caso”, disse o promotor sênior Adrien Combier-Hogg em agosto.
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