Grupo de direitos humanos critica ex-presidente dos EUA por justificar o genocídio em Gaza
"A tentativa insensível e desonesta de Bill Clinton de justificar os ataques do governo israelense a civis em Gaza foi tão insultuosa quanto islamofóbica", disse Robert S. McCaw, Diretor de Assuntos Governamentais do Conselho de Relações Americano-Islâmicas (CAIR).
"É completamente inaceitável fazer referência desdenhosa ao islamismo e alegar falsamente que cada homem, mulher e criança palestinos mortos por Israel eram um escudo humano", acrescentou em uma declaração na quinta-feira, conforme relatado pelo site do grupo.
"Até o presidente Biden admitiu meses atrás que o governo israelense se envolveu em bombardeios indiscriminados em Gaza", observou, acrescentando: "Líderes proeminentes como Bill Clinton deveriam defender os direitos humanos palestinos, não racionalizar crimes de guerra contra civis palestinos".
Enquanto estava em Michigan, Clinton criticou palestinos e árabes-americanos que se opõem ao apoio da Administração Biden-Harris à guerra de Israel em Gaza, que resultou no massacre de pelo menos 43.000 palestinos, a maioria deles mulheres e crianças, e tornou grande parte de Gaza inabitável.
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Em um discurso, Clinton argumentou que o regime israelense estava justificado em não manter "pontuação" de contagens de vítimas civis em Gaza devido ao ataque do Hamas em 7 de outubro.
Ele também alegou que civis foram mortos porque foram usados como escudos humanos, apesar do fato de que o governo israelense se envolveu no que até o presidente Biden admitiu ser um bombardeio "indiscriminado", destruindo mesquitas, igrejas, escolas, hospitais e campos de refugiados.
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Clinton justificou ainda mais o apoio do governo Biden às ações do regime israelense alegando que os israelenses viviam perto de Gaza desde "antes de [o islamismo] existir", citando o rei Davi e se referindo à Terra Santa como "Judeia e Samaria", um termo usado por israelenses de extrema direita que se opõem a um estado palestino.
Clinton afirmou que o presidente Biden estava cumprindo seu “dever” para com o regime de ocupação ao fornecer apoio militar incondicional.
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