Um em cada três muçulmanos britânicos considera deixar o Reino Unido em meio ao aumento da islamofobia
A pesquisa da Tell Mama, uma instituição de caridade sediada no Reino Unido que monitora o ódio antimuçulmano, revela que a maioria dos muçulmanos britânicos sente que a islamofobia e o ódio antimuçulmano aumentaram drasticamente após os tumultos de verão desencadeados pelo ataque de Southport.
A agitação, que se seguiu ao esfaqueamento fatal de três meninas em Southport, teve mesquitas e acomodações para requerentes de asilo como alvos.
A pesquisa, realizada oito semanas após a violência, reuniu respostas de 750 muçulmanos em todo o Reino Unido.
De acordo com as descobertas, 71% dos entrevistados relataram um aumento no ódio antimuçulmano desde os tumultos. Além disso, um em cada três disse que considerou deixar o Reino Unido devido à hostilidade.
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Embora 55% dos entrevistados tenham indicado que se sentiam seguros ou muito seguros no Reino Unido, cerca de 62% expressaram preocupações de que o risco de danos às comunidades muçulmanas havia aumentado significativamente ou um pouco.
Apesar das tensões, 50% disseram que se tornaram mais abertos sobre sua identidade muçulmana, geralmente por meio de discussões com amigos e colegas.
Iman Atta, diretora da Tell Mama, destacou a necessidade de ação governamental, dizendo: "Muitos muçulmanos britânicos estão muito assustados no momento. Eles precisam que nosso governo mostre que ouve seus medos e está trabalhando para mantê-los seguros. Esta pesquisa é uma prova do impacto terrível que o ódio antimuçulmano e a islamofobia estão tendo."
Ela pediu às autoridades que se concentrassem na coesão social nas áreas mais afetadas, acrescentando: "Essas descobertas devem ser um alerta para o governo."
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