Especialista Afegão Destaca o Papel de Mesquitas e Famílias na Educação Corânica

IQNA – Mobin Shah Ramzi, um renomado especialista corânico do Afeganistão, compartilhou suas ideias sobre educação corânica e sua experiência como juiz na 41ª Competição Internacional do Alcorão em Mashhad, Irã.

Em entrevista à IQNA à margem do prestigioso evento, Ramzi apontou a importância da competição e o papel das mesquitas e das famílias no fomento do aprendizado corânico entre a geração mais jovem.

Ramzi, que memorizou o Alcorão há 30 anos, participou de mais de sete competições internacionais do Alcorão como concorrente. Ele também dedicou 20 anos ao ensino da memorização do Alcorão e atualmente atua como Deputado Científico e Educacional de Dar al-Huffaz sob o Ministério da Educação do Afeganistão. Além disso, ele tem sido juiz em várias disciplinas corânicas no Afeganistão por cerca de duas décadas.

Refletindo sobre seus primeiros dias de memorização do Alcorão, Ramzi disse: "No começo, eu gostava de ouvir as recitações de Sheikh Khalil al-Hussary e Siddiq al-Minshawi, especialmente seu estilo tahdir. Mais tarde, tentei emular o estilo de recitação de Sheikh Muhammad Ayyub e aspirava recitar o Alcorão como esses grandes recitadores."

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Este ano marca a primeira vez de Ramzi atuando como juiz na Competição Internacional do Alcorão do Irã. Ele elogiou o evento, destacando seus altos padrões e organização. “Não há dúvida de que o Irã está entre os poucos países islâmicos que realizam o maior número de competições do Alcorão anualmente, tanto nacional quanto internacionalmente. Isso deu ao Irã uma imensa experiência na organização desses eventos”, disse ele.

Ramzi acrescentou que qaris e memorizadores reconhecem a alta qualidade das competições do Irã, o que muitas vezes os intimida devido aos rigorosos padrões, organização meticulosa e à presença de juízes internacionais. “A transparência no julgamento é louvável, e isso é motivo de orgulho para o mundo islâmico”, disse ele.

Discutindo a educação corânica no Afeganistão, Ramzi expressou otimismo, citando a forte ligação que os afegãos têm com o Alcorão. “Quase 100% da população do Afeganistão é muçulmana e tem uma profunda afinidade com o Alcorão. Não vejo desafios significativos na educação corânica no Afeganistão. Mesquitas, estudiosos e famílias estão todos trabalhando para garantir que a nova geração aprenda e recite o Alcorão corretamente”, disse ele.

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Ele também enfatizou o impacto positivo dos avanços tecnológicos, incluindo as redes virtuais, na educação corânica. “O progresso da tecnologia teve um efeito benéfico no ensino corânico”, observou ele.

Ramzi enfatizou o papel fundamental das mesquitas e famílias na educação corânica, inspirando-se na tradição islâmica. “O nobre Profeta Muhammad (PBUH) começou sua missão na mesquita, o que destaca a importância das mesquitas. A família, como centro de criação para as crianças, deve considerar a educação corânica um dever e persegui-la seriamente”, disse ele.

A 41ª Competição Internacional do Alcorão do Irã em Mashhad, organizada pela Organização Awqaf e Assuntos de Caridade do país, reuniu recitadores e memorizadores do Alcorão de todo o mundo.

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O evento é amplamente considerado uma das competições corânicas mais prestigiadas do mundo islâmico, mostrando o compromisso do Irã em promover atividades corânicas e fomentar a unidade entre os muçulmanos.

A competição terminou na quinta-feira e a cerimônia de encerramento está marcada para sexta-feira, quando os principais vencedores serão anunciados e premiados.

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