Em entrevista à IQNA, Hojat-ol-Islam Amirhossein Shakibafar observou que a verdadeira oração é uma expressão sincera de necessidade, muitas vezes centrada na busca por orientação. "Se nossa principal preocupação na vida não é a orientação, nossas orações podem permanecer palavras sem impactar nossas ações", disse ele.
Discutindo o conceito de purificação espiritual, Shakibafar explicou que a existência humana tem dimensões materiais e espirituais. Referindo-se ao versículo 72 da Surata Sad, ele destacou a natureza divina da alma humana: “Então, quando eu o tiver proporcionado e soprado nele do Meu espírito, prostre-se diante dele.”
O Que Ganhamos com o Jejum?
Ele apontou a Surata At-Tin (versículos 4-5) como um reflexo do potencial humano e da queda. "Certamente criamos o homem na melhor das formas; então o relegamos ao mais baixo dos baixos", ele citou, enfatizando a necessidade de crescimento espiritual por meio da fé e das ações justas.
"O verdadeiro avanço espiritual exige que se eleve acima dos apegos materiais e se envolva na autopurificação", disse Shakibafar.
O Ramadão, observou ele, oferece uma oportunidade estruturada para tal crescimento. "Através do jejum, as distrações do excesso material são reduzidas, permitindo que a espiritualidade floresça."
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Ele explicou ainda que a oração, particularmente no Ramadão, é um meio de alinhar as aspirações de alguém com a orientação divina. "Quando uma pessoa ora sinceramente, ela expressa seus desejos mais íntimos, muitas vezes buscando a força para seguir o caminho da retidão."
"O propósito do jejum, da recitação do Alcorão e da oração não é mera adesão ritual", observou ele. "São ferramentas transformadoras destinadas a elevar nossas almas, inspirar ações justas e refinar nosso caráter. Somente quando vivemos com intenção de oração podemos experimentar a verdadeira essência dessas práticas."
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