Segundo comunicado da seção de Washington do Conselho de Relações Americano-Islâmicas (CAIR), o incidente começou quando uma mulher de 28 anos e sua irmã de 20 anos estacionaram em uma garagem no centro de Seattle e foram seguidas de perto por outro veículo.
O motorista desse carro teria agido de forma agressiva, buzinando e confrontando as irmãs tanto no carro quanto próximo ao elevador. Uma das mulheres usava hijab.
O CAIR relatou que, ao retornarem ao veículo após o almoço, as irmãs foram abordadas por agentes do SPD, que apontaram armas e lanternas para elas. As mulheres foram detidas, e uma delas foi derrubada no chão, precisando posteriormente de atendimento médico de emergência devido aos ferimentos.
A resposta policial teria sido motivada por uma alegação falsa do outro motorista, que afirmou que uma das mulheres o teria insultado e ameaçado com uma arma de fogo. Segundo o CAIR, imagens de câmeras de segurança provaram que não havia arma alguma.
Na denúncia, o CAIR afirmou que os agentes não utilizaram estratégias de desescalada e ignoraram sinais de possível preconceito racial e religioso, declarando: “Além de não empregar táticas de desescalada e de usar força excessiva, o SPD não identificou nem documentou adequadamente o possível viés contra as duas mulheres...”
"Essa situação causou em mim e na minha irmã lembranças traumáticas e medo até de sair de casa," disse uma das mulheres em um comunicado à imprensa. "É muito lamentável que o Departamento de Polícia de Seattle tenha nos tratado de maneira tão desumana só porque um homem branco fez uma ligação mentirosa sobre nós. Quero que o SPD tome medidas corretivas para que isso não aconteça novamente com pessoas como eu e minha irmã."
Imraan Siddiqi, diretor executivo do CAIR-WA, declarou: "É especialmente preocupante ver este alegado uso excessivo de força, que pode ter um impacto negativo duradouro nas irmãs que foram alvo. Pedimos à Cidade de Seattle que responsabilize os envolvidos e adote medidas para garantir que isso nunca mais aconteça."
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