Estudante Palestino da Universidade de Columbia e Crítico da Guerra de Israel em Gaza É Libertado
Mahdawi deixou a detenção após um juiz federal em Vermont ordenar sua libertação.
“As duas semanas de detenção já demonstram um grande prejuízo a uma pessoa que não foi acusada de nenhum crime,” declarou o juiz distrital Geoffrey Crawford na audiência de quarta-feira. “Mahdawi, ordeno sua libertação.”
Em sua decisão, o juiz afirmou que as evidências apresentadas “sugerem que Mahdawi não representa risco de fuga nem ameaça à comunidade, e sua soltura não interferirá nos procedimentos de deportação.”
Crawford determinou que Mahdawi fosse liberado sob fiança enquanto seu caso segue na justiça federal. A ordem permite que ele continue morando em Vermont e viaje a Nova York para estudar e se reunir com seus advogados. O processo federal ocorre paralelamente aos procedimentos de imigração.
O juiz ainda escreveu que o governo “falhou em demonstrar qualquer interesse legítimo na manutenção da detenção do Sr. Mahdawi” e que sua “prisão contínua provavelmente teria um efeito inibidor sobre a liberdade de expressão protegida”.
Titular de green card, Mahdawi foi detido e recebeu ordem de deportação durante uma entrevista de naturalização em 14 de abril, ainda sob ordens da administração Trump.
Ele foi levado sob custódia “em retaliação direta” por seu envolvimento em manifestações no campus contra o que descreveu como genocídio israelense em Gaza. Em dezembro, Mahdawi concedeu uma entrevista ao programa 60 Minutes da CBS, denunciando os crimes de Israel nos territórios palestinos.
Nascido em um campo de refugiados na Cisjordânia ocupada, Mahdawi mudou-se para os EUA em 2014 e cofundou a Sociedade de Estudantes Palestinos de Columbia.
Enfrentando deportação forçada, ele se junta a outros estudantes detidos por participação em protestos pró-Palestina em campi universitários em todo o país.
O ex-presidente Donald Trump iniciou a revogação de vistos de centenas de estudantes estrangeiros envolvidos nesses protestos. O Secretário de Estado Marco Rubio declarou que mais de 300 vistos foram cancelados, justificando que os manifestantes agiam “em desacordo com os interesses da política externa e segurança nacional dos EUA” por denunciarem a guerra prolongada de Israel contra Gaza.
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