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ONU: 97 mil palestinos deslocados em Gaza em quatro dias em meio a ataques israelenses intensificados

16:14 - May 20, 2025
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IQNA – A Organização Internacional para as Migrações (OIM) informou que mais de 97 mil palestinos foram deslocados em Gaza em apenas quatro dias, devido à intensificação dos ataques israelenses em todo o território sitiado.

Em uma declaração publicada nesta segunda-feira na rede X, a OIM descreveu o deslocamento em Gaza como uma “constante”, alertando para o agravamento da crise humanitária.

A agência também manifestou preocupação com o uso da ajuda humanitária como instrumento para influenciar o deslocamento populacional, afirmando que “a ajuda humanitária nunca deve ser usada para influenciar o movimento das pessoas”.

Reiterando seu compromisso de trabalhar com parceiros para ajudar as comunidades deslocadas, a OIM renovou seu apelo por um cessar-fogo imediato e acesso humanitário seguro e sustentado.

Além dos bombardeios brutais, as forças israelenses emitiram ordens de deslocamento que forçaram milhares de palestinos a deixarem suas casas.

O Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) observou que essas ordens estão sendo emitidas “enquanto a população de Gaza corre risco de fome, e uma em cada cinco pessoas enfrenta inanição”.

A agência da ONU para a igualdade de gênero, UN Women, relatou que mais de 28 mil mulheres e meninas foram mortas em Gaza desde o início da ofensiva militar israelense em outubro de 2023.

Segundo a agência, “isso equivale a uma mulher ou menina morta a cada hora, em média, por ataques das forças israelenses”. Muitas das vítimas eram mães, deixando para trás famílias enlutadas e comunidades devastadas.

A UN Women exigiu cessar-fogo imediato, a libertação de todos os reféns israelenses e a restauração imediata do acesso humanitário irrestrito.

Enquanto isso, a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) declarou que 92% das residências em Gaza foram danificadas ou destruídas pelos ataques aéreos e terrestres contínuos de Israel.

As famílias em Gaza enfrentam uma devastação inimaginável”, afirmou a agência na segunda-feira. Também observou que o abrigo se tornou escasso, com muitos sendo deslocados várias vezes.

Israel retomou os bombardeios em Gaza no dia 18 de março, após o colapso de um acordo de cessar-fogo de dois meses com o Hamas, que envolvia troca de prisioneiros. Desde o início da guerra em 7 de outubro de 2023, pelo menos 53.486 palestinos foram mortos, a maioria mulheres e crianças, e mais de 121.000 ficaram feridos, segundo autoridades de saúde palestinas.

A agressão contínua de Israel ocorre enquanto, em novembro, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu mandados de prisão contra o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o ex-ministro da defesa Yoav Gallant, por crimes de guerra e crimes contra a humanidade em Gaza. Israel também é alvo de um processo de genocídio em andamento na Corte Internacional de Justiça (CIJ).

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