O episódio teria ocorrido na noite de 11 de março, quando as mulheres, ambas muçulmanas libanesas-americanas, foram buscar um pedido para viagem. De acordo com a denúncia, uma das mulheres e uma menina do grupo estavam usando hijab, o que teria provocado uma reação hostil de um funcionário da loja.
Um cliente presente informou ao grupo que o funcionário havia feito comentários depreciativos e islamofóbicos. Quando uma das mulheres confrontou o funcionário, a situação se intensificou, conforme descrito no relato.
Depois de retornarem para casa e começarem a refeição, a família percebeu que uma das pizzas havia sido coberta com carne de porco — proibida no Islã. Além disso, afirmaram ter encontrado um fio de cabelo embutido no queijo de outra pizza.
O problema foi reportado por meio do site corporativo da Domino’s, e a gerência local também foi contatada. Embora o gerente da loja e um supervisor regional tenham reconhecido o incidente e prometido uma revisão interna, negaram qualquer irregularidade devido à suposta falta de evidências claras, segundo consta na denúncia.
Além da queixa civil, as mulheres registraram um boletim de ocorrência na delegacia de Waterford Township. A polícia finalizou a investigação e encaminhou o caso para o Escritório do Promotor do Condado de Oakland, que ainda não se pronunciou oficialmente.
Uma carta também foi enviada à sede corporativa da Domino’s em abril, solicitando uma investigação formal. Até o momento, os reclamantes afirmam não ter recebido resposta.
“Isso não foi um simples erro ou falha no atendimento ao cliente, mas sim um ato deliberado de discriminação religiosa que humilhou e colocou em risco uma família muçulmana,” disse Dawud Walid, diretor executivo do CAIR-Michigan (Conselho de Relações Americano-Islâmicas), que apresentou a denúncia.
“Estamos exigindo responsabilização por parte da Domino’s Pizza e solicitamos que o Departamento de Direitos Civis de Michigan realize uma investigação completa deste preocupante incidente.”
A advogada do CAIR, Amy Doukoure, também ressaltou:
“Esta denúncia vai além de um pedido de comida mal preparado. Trata-se de responsabilizar corporações quando permitem ou ignoram islamofobia escancarada.”
O caso acende um novo alerta sobre o aumento de incidentes islamofóbicos nos Estados Unidos, especialmente em situações cotidianas onde o respeito à fé e aos direitos civis deve ser garantido.
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