Quatorze membros do conselho emitiram uma declaração conjunta após a reunião de quarta-feira, reconhecendo as descobertas da Classificação Integrada de Fase de Segurança Alimentar (IPC), um órgão apoiado pela ONU que na semana passada confirmou a fome em Gaza.
A declaração expressou "profunda preocupação sobre a presença de fome no Governorato de Gaza" e alertou que "aproximadamente 41.000 crianças estão em risco de morte devido à desnutrição em Gaza."
Os membros enfatizaram que a fome deve ser interrompida imediatamente, e disseram que "o uso da fome como arma de guerra é proibido pelo direito internacional."
A confirmação do IPC vem enquanto a guerra em Gaza, lançada pelo regime israelense em outubro de 2023, continua a devastar o território. Mais de 62.000 palestinos foram mortos, com milhares mais morrendo de fome e falta de ajuda.
O regime israelense restringiu drasticamente a entrada de alimentos e impôs o que chama de "mecanismo de distribuição", forçando residentes famintos a se reunirem em pontos designados onde as forças israelenses abriram fogo contra eles.
A declaração do Conselho de Segurança também condenou a decisão de Israel de intensificar operações militares em paralelo com o agravamento da crise humanitária, exigindo "um cessar-fogo imediato, incondicional e permanente."
Os membros do Conselho descreveram a crise como uma catástrofe "feita pelo homem".
O Hamas emitiu uma declaração recebendo bem a posição do Conselho de Segurança, enfatizando que a postura—tomada sem participação americana—reflete "amplo consenso em condenar o crime de genocídio e a guerra de fome travada pelo inimigo sionista contra mais de dois milhões de palestinos sitiados."
O grupo disse que o reconhecimento da fome destacou a "situação humanitária catastrófica criada pela ocupação fascista", observando que crianças e civis têm sido as principais vítimas das políticas deliberadas de fome.
Enquanto elogiava o reconhecimento dos membros do Conselho de Segurança sobre a crise, o Hamas criticou o papel de Washington em proteger Israel da responsabilização. "A postura americana continuada impedindo a emissão de resoluções vinculativas a torna parceira plena no crime, e responsável pela fome e massacres a que nosso povo está sujeito", disse o movimento.
O Hamas instou ainda o Conselho de Segurança a ir além das declarações e adotar medidas concretas para parar "a guerra brutal de extermínio" liderada pelo governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, e responsabilizar os líderes israelenses por crimes contra a humanidade.
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