Autoridade do NCCM Questiona se o Canadá Perceberá a Necessidade de Ação para Proteger Muçulmanos
O Conselho Nacional de Muçulmanos Canadenses (NCCM) condenou na quinta-feira como um "ataque vicioso e motivado por ódio" contra um trabalhador de hotel muçulmano em Markham, chamando-o de "uma ruptura que não vai cicatrizar" no Canadá.
"Enquanto estou aqui com vocês, não estou apenas desapontado ou triste; mais do que tudo, estou com raiva", disse Omar Khamissa, diretor de operações do NCCM, em uma coletiva de imprensa.
"Como todos os meus colegas, e tantos em nossa comunidade, vi muçulmanos em todo o Canadá serem submetidos a ataques contínuos. Este pode ser apenas um dos piores", enfatizou.
Um homem de 54 anos trabalhando como auditor noturno em um hotel em Markham foi questionado em 28 de setembro sobre sua origem étnica e religiosa por dois clientes.
Um dos clientes saiu do hotel, mas depois voltou e supostamente atacou o trabalhador, que havia dito a eles que é muçulmano.
O homem muçulmano ficou com ferimentos que mudaram sua vida.
"A Unidade de Prevenção de Crimes de Ódio acusou um homem de Toronto após uma agressão violenta e motivada por ódio contra um funcionário de hotel na cidade de Markham", disse a polícia em comunicado.
A polícia identificou o suspeito como Geethansan Sriranjan, de 31 anos, que "disse à vítima que ia matá-lo e o perseguiu até um quarto, onde foi violentamente agredido."
Enfatizando que o ataque reflete a islamofobia profundamente enraizada no Canadá, Khamissa disse: "É nojento. O que aconteceu com nosso irmão me deixa enjoado. Estou sem palavras. Estou frustrado. Sinto-me perdido tentando abordar este problema de novo e de novo e de novo. Esta é uma ruptura que não vai cicatrizar neste país."
"Quando o Canadá perceberá que mudanças sistêmicas são necessárias para proteger nossa comunidade desses atos de violência islamofóbica?" perguntou.
Khamissa quis que o incidente não fosse "outro momento de luto", mas "um momento em que o Canadá finalmente acorda" diante da crescente islamofobia.
A esposa da vítima, que não revelou seu nome por questões de segurança, descreveu a devastação de sua família. "Cada vez que olho para ele, meu coração respira, porque o cirurgião mencionou que ele não ficará com a mesma aparência, e sei que ele não se sentirá o mesmo também", disse ela na coletiva de imprensa.
"Nenhuma esposa deveria ver seu marido assim. Nenhuma criança deveria ter que ver seu pai assim", disse ela.
O prefeito de Markham, Frank Scarpitti, manifestou solidariedade com a comunidade muçulmana. "Estamos em solidariedade hoje com a família da vítima, com a vítima, mas com a comunidade muçulmana mais ampla", disse ele. "Minha única esperança agora é que o sistema de justiça no Canadá não decepcione esta família."
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