
O webinar "Missão das Universidades Muçulmanas do Mundo em Face à Profanação do Alcorão e Seerah Nabawi" foi organizado conjuntamente no domingo pela Universidade de Isfahan do Irã e pela Universidade Imam Kadhim (AS) do Iraque.
Noufel Rahman al-Jabouri, vice-reitor da Universidade Imam Kadhim (AS), disse no seminário online que as recentes queimadas do Alcorão são o resultado de falhas diretas e indiretas no enfrentamento de atos de sacrilégio.
Ele sublinhou a necessidade de sensibilizar a sociedade para se levantar contra tais movimentos, acrescentando que deve ser promovida a necessidade de respeitar as crenças dos outros, de ter tolerância e de ter coexistência pacífica entre seguidores de diferentes religiões.
Al-Jabouri também apelou à tomada de medidas legais contra aqueles que desafiam as santidades muçulmanas e contra os seus apoiantes.
Ele acrescentou que queimar e profanar o Alcorão é uma violação dos direitos básicos dos muçulmanos e espalha as sementes da discriminação e do ódio entre as pessoas.
Aqil Jassim Kadhim al-Muhammadawi, diretor do departamento de Alcorão e Hadith da Universidade Imam Kadhim, foi outro palestrante no webinar.
Ele criticou a falta de reação adequada de alguns funcionários e acadêmicos universitários aos atos de profanação do Alcorão.
Ele também apelou aos estudantes muçulmanos para que se armassem com os ensinamentos do Alcorão para confrontar pensamentos desviados.
• ISESCO lança campanha em reação às profanações do Alcorão
Al-Muhammadawi também enfatizou a necessidade de desenvolver centros corânicos e apoiar projetos e programas corânicos.
O professor da Universidade de Isfahan, Mohammad Reza Sotudehnia, também discursou no webinar, enfatizando que as tentativas de profanação do Alcorão não conseguirão minar o status sublime do Livro Sagrado.
Ele disse que é necessário que acadêmicos e figuras universitárias se unam contra os inimigos do Alcorão.
Ele também apelou à criação de um centro de monitorização de questões relacionadas com o Alcorão Sagrado no mundo.
Nas últimas semanas, as profanações do Alcorão na Suécia, na Dinamarca e nos Países Baixos, com permissão do governo e protecção policial, suscitaram indignação e condenações generalizadas por parte do mundo muçulmano.
Os países europeus permitem que as blasfémias aconteçam sob o pretexto da chamada liberdade de expressão, apesar das amplas condenações de Estados muçulmanos e não-muçulmanos e mesmo face a uma resolução do Conselho dos Direitos Humanos da ONU contra tais actos.