Vitória em Gaza Pertence a Todos os Povos que Buscam a Liberdade: Hezbollah
A vitória em Gaza pertence ao povo palestino, às nações regionais que os apoiaram, bem como a todos os povos que buscam a liberdade em todo o mundo”, disse o Sheikh Naim Qassem em um discurso televisionado transmitido ao vivo da capital libanesa, Beirute, na noite de segunda-feira.
O chefe do Hezbollah prosseguiu dizendo que o plano israelense de destruir o movimento de resistência palestino Hamas, sediado em Gaza, falhou miseravelmente e expôs a fraqueza do regime de Tel Aviv. “O inimigo sionista não teria durado uma semana sem o apoio americano incondicional”, disse ele.
O Sheikh Qassem enfatizou que a resistência é uma opção política, nacional e humanitária para confrontar a ocupação israelense e libertar as terras ocupadas.
Ele afirmou que os objetivos por trás da Operação Al-Aqsa Flood, em uma escala sem precedentes, lançada por grupos de resistência sediados em Gaza contra o regime usurpador em 7 de outubro de 2023, foram alcançados.
“O inimigo israelense falhou no teste de honra e humanidade e revelou ser uma entidade criminosa que trabalha para exterminar seres humanos. Israel surgiu como um criminoso de guerra e não conseguiu recuperar seus cativos por nenhum outro meio senão um acordo com o Hamas”, sublinhou o líder do Hezbollah.
O Sheikh Qassem descreveu os ataques do regime israelense ao Líbano e à Faixa de Gaza como atos de agressão incondicionalmente apoiados pelos EUA e certos governos ocidentais.
“Os EUA e Israel queriam acabar com a Resistência. No entanto, ela resistiu ao plano através de uma firmeza lendária e enormes sacrifícios que renderam frutos notáveis.”
Ele afirmou que o Hezbollah provou ser coeso e capaz de preencher o vácuo de liderança em poucos dias após o assassinato de seu secretário-geral, Sayed Hassan Nasrallah, em um grande ataque aéreo israelense no sul de Beirute no final de setembro.
Capacidades do Hezbollah Forçaram Israel a Solicitar um Cessar-Fogo: Sheikh Qassem
“Todos viram quem eram os heróis da Resistência. Nosso povo fez grandes e tremendos sacrifícios, então a Frente de Resistência surgiu coesa e forte, revitalizada, e trabalhou para preencher as vagas em dez dias.
“As operações da resistência impediram o inimigo israelense e não permitiram que ele avançasse em solo libanês, exceto por centenas de metros. Concordamos com o governo libanês em aceitar um acordo de cessar-fogo [com Israel], e esta é uma vitória”, afirmou o Sheikh Qassem.
Ele disse que o poder dissuasor defensivo do Hezbollah levou as pessoas a acreditar que o poder militar do grupo está em um nível em que a dissuasão é sustentável.
Ele também disse que o povo libanês não se esquecerá do apoio inabalável que a República Islâmica do Irã e o Iraque lhes ofereceram durante o intenso ataque aéreo e terrestre israelense contra sua pátria.
O chefe do Hezbollah disse ainda que, embora o seu grupo estivesse totalmente comprometido com o acordo de cessar-fogo, o inimigo israelense o violou 1.350 vezes.
“As violações sionistas sublinham a necessidade de resistência do Líbano. Uma campanha foi lançada contra nós para vender a falsa noção de vitória sobre a Resistência. O objetivo de nos desmoralizar não foi alcançado e nunca se concretizará. A Resistência emergiu triunfante e sempre será vitoriosa, graças aos seus mártires e sacrifícios”, disse o Sheikh Qassem.
O secretário-geral do Hezbollah enfatizou que as forças israelenses devem se retirar do sul do Líbano e que seu grupo não aceita nenhuma justificativa para estender o prazo de retirada de 60 dias estabelecido pelo acordo de cessar-fogo com o regime de Tel Aviv.
Firmeza e Sacrifícios dos Combatentes da Resistência são Chave para a Vitória do Hezbollah: Sheikh Qassem
“Estamos enfrentando uma força de ocupação, que está atacando e se recusando a se retirar. A Resistência tem o direito de responder da forma, natureza e momento adequados.
“Esta é uma ocupação de terras libanesas, e apelamos a todos para que assumam a sua responsabilidade”, afirmou o Sheikh Qassem.
O chefe do Hezbollah finalmente enfatizou a necessidade de unidade nacional no Líbano.
