O grupo, em uma postagem no X, argumentou que a legislação é excludente e limita a participação de muçulmanos em espaços públicos, particularmente nos esportes.
O EMF disse que a proposta promove a discriminação sob o pretexto de defender a cidadania e a ordem pública. “Ela cria subcidadãos”, afirmou a organização, alertando que tais medidas corroem o princípio da igualdade e efetivamente relegam os muçulmanos ao status de segunda classe.
O grupo também condenou o escrutínio político dos corpos de mulheres muçulmanas, ligando a proibição proposta à lei de 2004 da França que proíbe símbolos religiosos nas escolas e à proibição de 2023 de abayas em instituições educacionais.
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A associação criticou o projeto de lei por fabricar um “problema público” em torno do Islã e dos muçulmanos, com base no que chamou de alegações vagas e marginais.
Enfatizou que os esportes, destinados a promover a união, estão se tornando um campo para a discriminação, instando uma ação imediata para se opor à lei, descrevendo-a como parte de um padrão mais amplo de vigilância direcionada a muçulmanos na França.
Na terça-feira, o Senado francês avançou com o projeto de lei, que agora será debatido na Assembleia Nacional, a câmara baixa do parlamento.
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A Anistia Internacional também condenou a proposta, afirmando: “Esta proibição é discriminatória e viola os direitos humanos. Todas as mulheres têm o direito de escolher o que vestir”. A organização criticou a medida como enraizada na islamofobia e no controle patriarcal sobre o traje das mulheres muçulmanas.
Esta última proposta segue uma série de proibições controversas na França, incluindo a proibição de abayas em escolas em 2023.
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