O Irmãos da Itália (Fratelli d'Italia) pretende introduzir legislação proibindo a burca e o niqab em todos os espaços públicos, rotulando a medida como parte de uma campanha mais ampla contra o chamado "separatismo islâmico".
De acordo com o projeto, locais públicos como lojas, escolas, escritórios e ruas estariam fora dos limites para vestimentas que cobrem o rosto, com multas variando de €300 a €3.000 por violações.
Andrea Delmastro enquadrou o projeto como um equilíbrio entre liberdades: "A liberdade religiosa é sagrada, mas deve ser exercida abertamente, no pleno respeito à nossa constituição e aos princípios do Estado italiano."
A proposta também busca apertar a supervisão do financiamento de mesquitas, aumentar penalidades para casamentos forçados e exigir que grupos religiosos sem reconhecimento formal divulguem financiamento estrangeiro.
Críticos argumentam que a legislação corre o risco de estigmatizar muçulmanos e violar direitos constitucionais. "A liberdade de escolha é um princípio fundamental em uma sociedade democrática — nenhum Estado deve ditar como uma mulher deve se vestir", disse Yassine Lafram, presidente da União de Comunidades Islâmicas da Itália, após o anúncio do projeto de lei.
"Quaisquer medidas legislativas que imponham proibições gerais arriscam criar tensões sociais e discriminação em vez de promover integração e diálogo", acrescentou Lafram.
Várias associações muçulmanas já manifestaram oposição, descrevendo a medida como desnecessária e contrária à liberdade religiosa e aos princípios constitucionais.
Espera-se que o projeto gere um debate parlamentar longo e contencioso. Dadas as proteções constitucionais do país para a liberdade religiosa e a obrigação da Itália sob a lei europeia de direitos humanos, sua compatibilidade com estruturas legais existentes sem dúvida se tornará um ponto focal na luta política e legal pela frente.
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