
Em um artigo de opinião, Malazadeh referiu-se ao versículo corânico "E fizemos de vós nações e tribos para que vos conheçais uns aos outros" (Al-Hujurat 49:13) e o descreveu como "uma declaração normativa sobre a diversidade humana".
Ele disse que o versículo não deve ser visto como "uma justificativa para separação ou hierarquia cultural", mas sim como "uma razão fundamental para o reconhecimento mútuo e aceitação dos outros".
Segundo ele, da perspectiva da globalização, este versículo transmite uma mensagem dupla. "Primeiro", disse ele, "a convergência global deve ser baseada no respeito mútuo e no reconhecimento das diferenças. A globalização genuína significa criar espaços onde as culturas possam se conhecer, aprender e beneficiar-se mutuamente."
Ele acrescentou que "qualquer processo de globalização que destrua identidades ou leve à humilhação de um grupo contradiz o espírito do versículo".
O Alcorão, argumentou ele, "não pede nem a negação da diversidade nem a aceitação acrítica de toda diferença, mas sim estabelece princípios orientadores para as relações interculturais — reconhecimento, dignidade humana e rejeição da dominação".
Malazadeh disse que para transformar os ensinamentos corânicos em uma estrutura para o diálogo intercultural, "esses conceitos-chave devem ser traduzidos em mecanismos práticos".
Ele descreveu a dignidade humana como implicando "igualdade legal e escuta recíproca", e citou o princípio corânico "Não há compulsão na religião" (Al-Baqarah 2:256) como "uma garantia da liberdade de crença e uma rejeição da coerção cultural".
Ele também se referiu à "consulta" (shura) e "justiça" (qist) como "padrões para tomada de decisão participativa e justa".
Malazadeh propôs que a aplicação desses princípios requer conduta ética — como evitar discurso depreciativo, manter boa vontade e praticar humildade intelectual — bem como medidas institucionais e metodológicas como "fóruns de diálogo, educação intercultural, políticas antidiscriminação, escuta ativa e projetos colaborativos".
Ele observou que "uma abordagem crítica e interpretativa dos textos religiosos que impeça a manipulação do Alcorão para poder ou privilégio é essencial para sustentar o diálogo".
Através de tal abordagem, disse ele, "os ensinamentos corânicos podem fornecer tanto uma estrutura ética forte para a comunicação intercultural quanto ferramentas tangíveis para o engajamento pacífico e construtivo ao lado de métodos sociais e legais modernos".
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