Justiça é exigida após clérigo morto em ataque de extremistas hindus à mesquita na Índia

NOVA DELI (IQNA) – Depois que um jovem imã de uma mesquita em Gurugram foi morto em um ataque de uma multidão hindu, sua vila em Bihar está buscando justiça.

Gritos por “justiça” ecoaram no ar em Maniyadih, um vilarejo no distrito de Sitamarhi, no norte de Bihar, ao qual pertencia Haafiz Saad, de 19 anos.

 

“Saad babu estava programado para retornar de trem junto com seu irmão mais velho, Shadab. Shadab nos ligou para reclamar que seu irmão não estava pronto para deixar a mesquita até amanhã de manhã”, disse o tio materno do imã assassinado, Ibrahim Akhtar.

 

“O principal imã da mesquita havia saído do posto e Saad se sentiu no dever de não deixar o local até que seu superior, que deveria retornar na quinta-feira, voltasse”, disse o tio enlutado.

 

O irmão mais velho, que mora em outro lugar em Gurugram e dá aulas para viver, era de opinião que eles deveriam partir para um lugar “mais seguro”, ciente da violência comunitária ali. No entanto, para o irmão mais novo, o chamado para o dever era muito convincente.

 

O pai de Saad, Mushtaq, fareja uma “conspiração” contra seu filho, incapaz de aceitar os relatos de que o jovem de boas maneiras foi atacado com espadas antes de ser morto a tiros.

 

“Qual foi a culpa do meu filho? Por que a multidão atacou o naib imam e não outros que estavam presentes dentro da mesquita? Eu quero justiça. Não quero mais nada do governo”, disse o pai cabisbaixo.

 

“Estávamos planejando visitar Muzaffarpur amanhã para receber Saad e seu irmão na estação e trazê-los para casa. Agora, aqui estamos, aguardando a ambulância que traria o corpo dele”, lamentou o pai enlutado. O irmão mais velho, que acompanharia Saad na viagem de trem, agora viajava no carro fúnebre que carregava os restos mortais.

 

O superintendente de polícia de Sitamarhi, Manoj Tiwari, disse: “A vila fica sob a delegacia de polícia de Nanpur. Estou instruindo o SHO a estender toda a ajuda que a família enlutada possa precisar durante o funeral”.

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