A decisão do MCAD decorre de uma queixa apresentada em 2022 pelo CAIR-MA em nome de Ghadir Alahmar, que alegou que os funcionários do McDonald's de Chicopee serviram intencionalmente a ela um sanduíche de peixe recheado com bacon, um alimento proibido no islamismo.
Alahmar, que é facilmente identificável como muçulmana devido ao seu hijab e traje modesto, relatou que o sanduíche era destinado ao seu filho de 7 anos.
A investigação do MCAD revelou que a equipe pode ter reconhecido a identidade muçulmana de Alahmar e a origem nacional de sua família, levantando preocupações sobre as motivações por trás do incidente.
“Um investigador pode concluir razoavelmente que a equipe [do McDonald’s] percebeu [Alahmar] e sua família como muçulmanas com base em seu uso do hijab e de um vestido longo, e sua diferença de origem nacional com base em seu sotaque", declarou o MCAD, informou o CAIR na quinta-feira.
"[O McDonald’s] também afirma que um de seus funcionários estava ciente dos princípios da religião [de Alahmar] que proíbem o consumo de produtos que vêm de porco, o que pode sugerir que servir bacon [a Alahmar] não foi um erro", acrescentou.
Família muçulmana processa McDonald por sanduíche de bacon
Ghadir Alahmar expressou seu alívio com a decisão do MCAD, afirmando: "Mesmo agora, meu filho me diz que toda vez que vê um McDonald’s, ele ainda pensa no que aconteceu conosco. Quero que o McDonald’s faça mudanças na contratação e no treinamento de funcionários para que apenas pessoas respeitosas e acolhedoras trabalhem lá, não pessoas racistas ou preconceituosas. Meu filho disse o mesmo coisa – eu quero que eles não odeiem os muçulmanos.”
A diretora jurídica do CAIR-MA, Barbara J. Dougan, ecoou esse sentimento, afirmando: “Estamos encorajados por esta descoberta significativa, que permite que o caso avance. Embora esta ainda não seja uma resolução final, é gratificante que o MCAD tenha visto as justificativas oferecidas pelo McDonald’s para explicar este incidente perturbador na loja Chicopee. A descoberta do MCAD nos traz um passo mais perto da responsabilização e da justiça para a família.”
Uma sessão de conciliação foi agendada para fevereiro de 2025, onde ambas as partes discutirão a possibilidade de um acordo neste caso significativo.
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