O manuscrito, mantido por séculos na Mesquita Hussein Pasha em Pljevlja, Montenegro, havia sofrido danos ao longo do tempo e necessitava de intervenção especializada para sua preservação. A restauração foi realizada no Centro Suleymaniye em Istambul pela Instituição de Manuscritos da Turquia (TUYEK), depois que a União Islâmica de Montenegro enviou o Alcorão para avaliação e preservação. Especialistas também produziram uma versão digital de alta resolução, com uma edição fac-símile atualmente em consideração.
Especialistas inicialmente presumiram que o manuscrito fosse de origem mais recente. No entanto, uma análise detalhada de seus materiais, costura e estilo caligráfico levou à sua reclassificação como um artefato da era Mameluca, provavelmente datando do século XIV. O presidente da TUYEK, Coskun Yilmaz, explicou que o manuscrito havia passado por reparos anteriores, mas estes foram mal executados e arriscavam uma maior deterioração. Behlul Kanaqi, vice-presidente da União Islâmica de Montenegro, descreveu o manuscrito como um tesouro cultural e um símbolo de resistência através de períodos de guerra e dificuldades. Falando à Agência Anadolu, ele disse que a comunidade havia preservado o Alcorão em sua condição original até agora, mas a restauração especializada era essencial para garantir sua longevidade.
De acordo com Hafiz Osman Sahin, chefe do Comitê de Revisão e Recitação do Alcorão da Presidência de Assuntos Religiosos da Turquia, o manuscrito reflete a refinada arte de seu tempo. Ele elogiou sua intrincada caligrafia e ornamentação, destacando seu valor como documento tanto religioso quanto histórico.
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