Irã Avisa de Possível Violação Israelense do Acordo de Cessar-Fogo em Gaza
Após mais de 700 dias de agressão israelense implacável a Gaza que deixou dezenas de milhares de mortos e desencadeou uma catástrofe humanitária, um acordo de cessar-fogo entre o Hamas e o regime israelense entrou em vigor, interrompendo o bombardeio e permitindo uma troca de prisioneiros em larga escala.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Esmaeil Baghaei, disse que apesar da cessação dos ataques, "os efeitos dos crimes dos últimos dois anos ainda são visíveis."
Ele alertou que com base no "histórico de não conformidade" do regime, o mundo deve permanecer vigilante. "A comunidade internacional e os países regionais devem ficar alertos e não permitir que este regime repita a história violando seus compromissos", disse ele.
De acordo com o acordo, o Hamas libertou os 20 cativos israelenses vivos e os entregou ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha em Gaza. Em troca, espera-se que Israel liberte cerca de 2.000 prisioneiros palestinos, incluindo alguns cumprindo sentenças longas ou perpétuas.
Baghaei disse que a posição do Irã foi claramente declarada em duas declarações oficiais. "Apoiamos qualquer medida que leve ao fim dos assassinatos e genocídio em Gaza", afirmou, enfatizando que a demanda primária de Teerã é "a cessação de crimes e o bloqueio de Gaza e a prestação de assistência humanitária ao seu povo."
A mídia e autoridades palestinas dizem que milhares de civis permanecem sob os escombros após mais de dois anos de bombardeios israelenses que mataram mais de 67.000 pessoas e deixaram o enclave em ruínas.
Filmagens transmitidas pela mídia local na segunda-feira mostraram ônibus que se acredita estarem carregando prisioneiros palestinos libertados deixando a prisão de Ofer sob escolta da Cruz Vermelha.
Baghaei disse que a devastação em Gaza reflete "um assalto à moralidade e humanidade", enfatizando que os desenvolvimentos dos últimos anos não devem ser esquecidos.
"Os eventos de 7 de outubro não aconteceram no vácuo", disse ele. "A questão da Palestina deve ser continuamente perseguida. Enquanto os direitos dos palestinos não forem satisfeitos, não se pode esperar um fim para estes crimes."
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