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Estudantes Muçulmanos na Suécia Mudam de Escola para Escapar do Racismo, Aponta Estudo

21:25 - November 07, 2025
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IQNA – Um novo estudo sueco descobriu que alguns estudantes muçulmanos do ensino médio estão mudando de escola para evitar o racismo e a islamofobia, preferindo estudar em áreas suburbanas em vez de escolas no centro da cidade.

De acordo com o site de notícias em árabe Alkompis, a pesquisa—conduzida pela Universidade de Gotemburgo—examinou as experiências de estudantes muçulmanos que relataram enfrentar discriminação em escolas centrais. O estudo acompanhou alunos de uma escola de ensino médio suburbana em Gotemburgo ao longo de quatro períodos letivos.

Christopher Ali Thorén, pesquisador de educação que liderou o estudo, disse à Televisão Sueca (SVT) que o objetivo era destacar as experiências vividas pelos estudantes muçulmanos. "A maioria das pesquisas sobre escolha de escola não leva a religião a sério como um fator que influencia as decisões dos alunos. Isso precisa mudar", afirmou.

Thorén, que também é muçulmano, explicou que muitos participantes se sentiam mais aceitos por professores e colegas nas escolas suburbanas. "Estudantes que entrevistei disseram que eram mais propensos a experimentar discriminação e ódio nas escolas do centro da cidade", observou.

Ele acredita que melhorar o sentimento de pertencimento entre os estudantes muçulmanos começa com o reconhecimento de aspectos de sua fé dentro das escolas. "Medidas simples, como fornecer uma sala silenciosa para oração ou reconhecer feriados islâmicos, podem ajudar a construir um ambiente mais inclusivo", disse Thorén.

Embora a lei sueca exija que a educação permaneça secular, Thorén enfatizou que isso não significa que a religião deva estar completamente ausente da vida escolar.

"As escolas já celebram feriados cristãos como Natal e Páscoa, e os estudantes muçulmanos às vezes são convidados a participar", disse ele. "Não estou pedindo que esses eventos sejam cancelados, mas sim por atividades adicionais que promovam o entendimento mútuo."

Atualmente, os diretores de escola têm a discrição de decidir se permitem práticas religiosas, como a oração durante o dia escolar—uma política que Thorén considera problemática.

Ele instou as autoridades municipais de Gotemburgo a assumirem a responsabilidade e emitirem diretrizes claras sobre jejum e oração, argumentando que "a ambiguidade atual leva a conflitos desnecessários nas escolas."

https://iqna.ir/en/news/3495303

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