'Ela Reconstruiu a Narrativa de Karbala': Acadêmico sobre a Liderança Midiática de Zaynab(SA)

IQNA – Hazrat Zaynab (SA) "foi a primeira a confrontar a distorção através dos métodos semelhantes à mídia de hoje de exposição, reinterpretação e reconstrução da verdade", diz um pesquisador iraniano.

Hojat-ol-Islam Meisam Ghasemi, pesquisador e professor com doutorado em estudos islâmicos, estava refletindo sobre o papel de Hazrat Zaynab (SA) no movimento do Imam Hussein (AS).

Falando à IQNA, ele enfatizou que suas ações devem ser compreendidas dentro da estrutura maior da liderança feminina na história xiita, em vez de como eventos isolados.

"Nesta estrutura, as mulheres atuantes na história xiita não apenas cumpriram papéis educacionais ou emocionais, mas também desempenharam papéis fundamentais e duradouros nos domínios social, político, cultural e midiático", disse ele.

Ele argumentou que a tragédia de Karbala e suas consequências revelaram como Zaynab (SA) e outras figuras femininas transcenderam meros papéis de apoio.

Após o martírio do Imam Hussein (AS) e seus companheiros na Batalha de Karbala em 680 d.C., Zaynab (SA) tornou-se uma figura central. De acordo com relatos históricos, ela supervisionou o bem-estar de mulheres e crianças no acampamento, e após o massacre, confrontou os captores nas cortes de Kufa e Damasco com discursos poderosos que expuseram as injustiças e ajudaram a preservar a missão do Imam Hussein (AS).

O movimento da revolta do Imam Hussein é amplamente considerado como um momento definidor no Islã xiita. Simbolizou resistência contra a tirania e reafirmou princípios de justiça e sacrifício. O papel de Zaynab (SA) após a batalha — frequentemente descrito como "portadora da mensagem de Karbala" — garantiu que a narrativa do evento fosse levada adiante e não suprimida ou esquecida.

Ghasemi apontou que a liderança de Zaynab (SA) tinha duas dimensões principais: "o papel de conexão" no qual ela forjou ligações entre os sobreviventes de Karbala, a família do Imam Hussein (AS) e a comunidade muçulmana mais ampla; e "o papel de sustentação" no qual ela usou oratória, inteligência emocional e clareza moral para proteger a mensagem da distorção.

"O que Zaynab fez não foi meramente uma exposição histórica; foi a reconstrução de uma narrativa divina que puxou a verdade do coração da tragédia e despertou a consciência da história", disse ele.

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