Pristina Sedia Exposição sobre Destruição de Mesquitas na Bósnia e Kosovo
Foi lançada em uma cerimônia com grande participação de autoridades religiosas e oficiais, relatou o site Muslimsaroundtheworld.
A exposição foi montada com os esforços da Comunidade Islâmica do Kosovo em cooperação com a Comunidade Islâmica da Bósnia e Herzegovina.
Ela destaca a destruição sistemática do patrimônio religioso e cultural islâmico durante as guerras dos Bálcãs na década de 1990 como parte de uma estratégia deliberada destinada a apagar a identidade religiosa, cultural e histórica dos muçulmanos no Kosovo e na Bósnia e Herzegovina, visando mesquitas, dotações religiosas, instituições educacionais e culturais.
Ramazan Shkodra, figura da mídia e chefe do Departamento de Publicação e Cultura da Presidência da Comunidade Islâmica do Kosovo, disse que esta exposição é um marco importante na preservação da memória histórica coletiva e desempenha um papel fundamental em conscientizar o público sobre a gravidade dos ataques ao patrimônio religioso e cultural.
Além disso, Sheikh Naim Ternava, presidente da Comunidade Islâmica do Kosovo e mufti do país, enfatizou que a exposição reflete um capítulo doloroso da história compartilhada entre Kosovo e Bósnia e Herzegovina, que visava a destruição física e cultural do povo muçulmano, e destacou que o que aconteceu não deve ser esquecido sob nenhuma circunstância.
O primeiro-ministro interino do Kosovo, Albin Kurti, referindo-se ao papel fundamental da comunidade islâmica na documentação dos crimes de destruição de locais religiosos islâmicos e na preservação da memória histórica do povo, disse que a comunidade islâmica no Kosovo é um pilar fundamental na preservação dos valores nacionais.
Sheikh Ramzija Petić, mufti da cidade de Gornja Goražde na Bósnia e Herzegovina, em seu discurso focou no lugar das mesquitas na consciência e cultura dos muçulmanos, enfatizando que sua destruição não é resultado de ações individuais ou comportamento aleatório, mas é parte integrante de um sistema superior e políticas destinadas a destruir os símbolos religiosos e culturais mais fortes dos muçulmanos.
Sabri Baijuri, diretor do Instituto de Pesquisa e Estudos Islâmicos em Pristina, afiliado à Sociedade Islâmica do Kosovo, que também é o fotógrafo da exposição, falou sobre o período em que testemunhou as cenas horríveis de destruição no Kosovo, enfatizando que as operações destrutivas foram realizadas pelas forças sérvias sem qualquer consideração por padrões morais, legais ou internacionais.
De acordo com os dados fornecidos, durante as guerras dos Bálcãs, centenas de edifícios religiosos na Bósnia e Herzegovina, incluindo mais de 600 mesquitas, foram destruídos, enquanto no Kosovo mais de 200 mesquitas foram danificadas ou destruídas, juntamente com escolas religiosas, casas sufis, outros edifícios de dotação, bibliotecas e um raro arquivo histórico.
A exposição está programada para ser inaugurada em Sarajevo, capital da Bósnia e Herzegovina, em maio de 2026 e posteriormente se expandir para além da região dos Bálcãs para vários países ao redor do mundo.
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