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Hajj no Alcorão/3 Sa’i entre Safa e Marwa: Um Ato Monoteísta de Adoração ao Longo da História

16:11 - May 30, 2025
Id de notícias: 4308
IQNA – Safa e Marwa não são apenas duas montanhas situadas uma em frente à outra, ao lado da Mesquita Sagrada em Meca.

Elas são símbolos de adoração, de monoteísmo e de autossacrifício, e o Sa’i entre elas, ao qual o Alcorão se refere como Sha’a'ir (ritos) de Allah, é uma releitura da história.

De acordo com exegeses do Alcorão, Sha’a'ir é o plural de Sha’ira e refere-se aos sinais estabelecidos para a realização de certos atos de adoração. Sha’a'ir Allah são os sinais que Deus estabeleceu para Seus servos. Entre eles estão Safa e Marwa, duas montanhas que hoje são percorridas em caminhos cobertos próximos à Mesquita Sagrada, e os peregrinos do Hajj são ordenados a caminhar a distância entre elas sete vezes.

Esse Sa’i (caminhar entre as duas montanhas) é uma lembrança da dedicação e sacrifício de Hagar, a esposa de Abraão (AS), que percorreu esse caminho sete vezes, com ansiedade e Tawakkul (confiança em Deus), para encontrar água para seu bebê, Ismael — um gesto tão sublime do ponto de vista monoteísta que o Imam Sadiq (AS) disse que não há lugar melhor na terra do que a área entre essas duas montanhas.

Isso porque toda pessoa arrogante deve demonstrar sua servidão a Deus, correndo ou caminhando enquanto usa um turbante, sem qualquer sinal de vaidade.

Mas, na Era da Ignorância, o sentido desses ritos havia sido deturpado. Os Mushrikun (idólatras) haviam colocado dois ídolos, chamados Usaf e Naila, sobre as duas montanhas e prostravam-se diante deles durante o Sa’i. Isso levou alguns muçulmanos a pensar que o Sa’i entre Safa e Marwa era um ato ignorante e desprezível. Para corrigir esse equívoco, o Alcorão afirma explicitamente:

“Certamente Safa e Marwa estão entre os sinais designados por Allah.” (Verso 158 da Surata Al-Baqarah)

Este versículo não apenas estabeleceu a legitimidade e santidade desses dois lugares, mas também demonstrou que, aos olhos do Alcorão, os sinais de adoração não podem ser ignorados por causa de contaminações históricas. Os sinais de Allah, mesmo que tenham sido acompanhados por idolatria e ignorância, são purificados e revividos à luz da revelação e do monoteísmo.

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